sexta-feira, julho 29, 2005

Os Economistas

Eu já andava há uns tempos para um escrever um post sobre os economistas. Isto a propósito do manifesto, subscrito por um grupo de economistas, que saiu na imprensa esta semana. Mas o Miguel Vale de Almeida escreveu um post muito bom sobre isto.

Isto até pode ser polémico. Sei que há alguns economistas que visitam este blogue, a Chiara é economista. Mas sei que ela não fica melindrada com isto, pois ela partilha desta opinião.

Irrita-me que sob a capa das tecnicidades da economia, estejam sempre, no fundo, a fazer política. Apresentam a economia como uma ciência quase exacta quando de facto não é assim. Irrita-me quando vêm sempre com aquele ar sábio, que vêem mais do que outros porque afinal são economistas, e depois vai-se a ver e não dizem nada de especial.

Gosto particularmente da forma como anunciam as estimativas da taxa de inflação, desemprego, deficit das contas públicas, etc — sempre com um ar sério, compenetrado, semblante carregado, como se tivessem em comunicação com o além. Mas porque é que eles não explicam como chegaram àqueles números? Afinal eles usam modelos matemáticos, com trezentas mil assunções, que põem a correr num computador para chegar a um determinado resultado; isto não tem nada de extraordinário, modelos matemáticos são utilizados em diversas áreas científicas. O problema é que estes modelos são muito falíveis, devido ao elevado número de assunções, basta que algumas das assunções não se verifiquem na realidade para que vá tudo pelo ar. Muitas vezes, diferentes entidades chegam a estimativas diferentes só porque assumem valores diferentes para determinadas varáveis.

Aquilo que eu gosto em certas áreas ciêntificas, como a Fisica e a matemática por exemplo, é que ciêntistas brilhantes nos tentam explicar coisas complexas de uma forma simples. No fundo tentam nos dar ideia geral por detrás de determinada teoria, dão-nos a intuição; o resto são tecnicidades, às vezes até podem ser formalisadas (escritas em matemática) de formas diferentes. Os economistas seguem uma via mais obscura, dizem-nos: tu não percebes nem podes perceber, pois não és economista.

quarta-feira, julho 27, 2005

Mas o que é que isto interessa?

Proposta do Governo: Rede móvel deverá ficar acessível em todos os transportes públicos.

O Metropolitano de Lisboa já anunciou a intenção de chegar a acordo com as três operadoras móveis que operam em Portugal para ser possível usar o telemóvel no metro (...).
Alguém me explica qual é a utilidade disto. Se um gajo estiver meia hora no metro e, portanto, inacessível através do telemóvel, alguém morre por causa disso? É preciso uma proposta do governo? É esta uma medida fundamental para o crescimento económico do nosso país?

Segundo aquele artigo, este é um dos projectos do governo para as tecnologias da informação:

Nesta área, o ministério apresentou outros projectos, no âmbito das tecnologias de informação e bilhética nos transportes, que incluem a bilhética electrónica, informação ao público, sistemas de ajuda à exploração e sistemas de vídeo-vigilância, num total de 58,9 milhões de euros.
Pronto, é o costume. Lá irão uns quantos comer estes 58,9 milhõezinhos de euros. Medidas que visam dar um crescimentos sustentado ao país é que nem vê-las. É que se o governo pretende incentivar a inovação na área das tecnologias de informação através destas medidas, meus amigos, deixem-me que vos diga: não há nada de inovador neste tipo de sistemas. Nada! Isto já se faz há anos: é tão deja vú que eu já estou enjoado.

terça-feira, julho 26, 2005

Porque fugiu Jean Charles de Menezes?

O boato que Jean Charles de Menezes tinha um visto caducado parece que é falso, ou pelo menos não se confirma (aqui). A questão, porque fugiu Jean Charles de Menezes à poícia?, continua em aberto. Talvez ele pensasse que aqueles que o perseguiam não fossem polícias, pois, tudo indica, não estavam fardados.

segunda-feira, julho 25, 2005

Um mal-entendido que deu em tragédia

À medida que vamos conhecendo mais factos sobre a tragédia de Jean Charles de Menezes, o cidadão brasileiro morto em Londres pela polícia britânica, vamos percebendo que tudo não terá passado de um grande mal-entendido.

Ele terá fugido da polícia porque o seu visto havia caducado, pensava que o perseguiam por causa disso, e nunca pensou que disparariam. Os polícias, vendo que ele fugia, suspeitaram que fosse um terrorista querendo colocar uma bomba no metro de Londres. (Mais sobre porque foi considerado suspeito aqui.)

Sinceramente, não me agrada que a polícia tenha ordem para matar. Assusta-me quase tanto quanto a ameaça terrorista. E choca-me um pouco os analistas políticos que defendem a acção da polícia (como este no Independent d'hoje). Ainda não se sabem os factos de toda a história. Mas se o suspeito havia já sido imobilizado, segundo relatam algumas testemunhas, para quê os oito tiros?

domingo, julho 24, 2005

Our weekend in the highlands

We leave some photos of our trip to the scottish highlands. (Click to enlarge.)


Inverness.

Lochness and Urquhart Castle.


Eilean Donan Castle.


Kyle of Lochalsh.

Chiara and Nuno

Our vacation in the south-west of Portugal

This is a bit out of date. We only had time to do this stuff now. We leave here some photos of our trip to the South-west of Portugal in June. (Click to enlarge.)


Cabo Sardão


Praia da Zambujeira do mar

Praia da Carrapateira


Praia em Sagres

Chiara and Nuno.

sábado, julho 23, 2005

In Scotland we ate like this





No Super-Bock

Hoje fui ao Odd-Bins para comprar a minha dose semanal de super-bocks. Chegado à loja, dirigi-me logo à prateleira aonde elas costumam estar: nada! Perguntei ao gajo da loja se tinham super-bock. Respondeu-me que costumam ter, mas que agora não tinham; disse-me que tinham "San Miguel". San Miguel? Disse-lhe logo que não queria e acabei por levar cerveja belga. Mas querem comparar aquela mistela espanhola com a grande super-bock? A San Miguel até pode ser melhor que as merdas que se bebem aqui em Inglaterra, como a Carling (beber esta merda é mesmo bater no fundo), mas não chega nem aos calcanhares da lusa Super-Bock.

Fiquei fudido. Não gosto de pedir uma coisa portuguesa e oferecerem-me, em alternativa, uma espanhola. É como pedir um cavalo e oferecerem-me um burro. Nestas alturas é bom recordar a velha máxima —d'Espanha nem bom vento, nem bom ...

sexta-feira, julho 22, 2005

Megalomania à portuguesa

Muitos bons os artigos de opinião do Miguel Sousa Tavares e do Vasco Púlido Valente no público de hoje (pago). Ajudam-nos a perceber porque razão se demitiu Luís Campos e Cunha como ministro das finanças.

Por trás desta demissão, parece estar a relutância do ministro em aceitar os projectos megalómanos do TGV e da OTA, contra a opinião do primeiro-ministro e outros ministros do actual governo. Que os políticos portugueses têm tendência para a megalomania já a gente sabe. Mas, pelos vistos, tardam em aprender com os erros do passado. Em Portugal é assim: podem faltar as coisas mais básicas, mas existe sempre espaço para a grande obra pública.

Por exemplo aonde eu moro, concelho de Almada. Existe a grande estação de comboios do Pragal, uma verdadeira apologia da modernidade. Depois, à volta da estação, faltam as coisas mais básicas. Os passeios à volta da estação são uma autêntica vergonha. Eu preferia uma estação mais modesta e melhores passeios.

Para quê construir um novo aeroporto em Lisboa, quando o actual, mais a transformação de pequenos aeroportos militares, em Alverca ou no Montijo, para as Low cost, chega e sobram? Para quê o TGV de Lisboa ao Porto? Se os actuais pendulares circulassem na velocidade máxima, a viagem entre lisboa e Porto duraria 2h05m; para isso basta que modernizem a linha do norte — há mais de 10 anos que andam a fazer isto. Isto é óptimo, chega e sobra para Portugal. Aqui no Reino Unido demora-se mais de 2 horas a chegar de Londres a Manchester, 4 horas de Londres a Edimburgo e ninguém fala em TGV.

O único TGV que faz sentido é o Lisboa Madrid. Esse sim! Porque Madrid é o centro económico da peninsula ibérica, porque a actual ligação entre as duas cidades é uma desgraça, e porque a ligação ferroviaria com Madrid é a ligação ferroviária com o resto da europa.

Nos Lusiadas há o personagem do velho do restelo. Eu já quando andava às voltas com os lusiadas nas aulas de português do liceu, admirei a forma como velho do restelo criticou a epopeia maritima — ele lá tinha a sua razão. E de facto acho que é isso que é preciso aos portugues, ser um bocadinho velhos do restelo: questionem as coisas, não se deixem levar na conversa dos outros. Para quê gastar não sei quantos biliões para fazer esta merda? Afinal quem ganha com isto tudo? Eu é que não sou de certeza, não sou empresário da construção civil, engenheiro civil ou trolha! Mas que há quem ganhe com isto lá isso há. Não admira que haja tanta gente contente com a demissão de Luis Campos e Cunha.

quarta-feira, julho 20, 2005

24 865

What do you think there is so special about this number? Is it a prime? Well the number is odd and greater than two, so it could be a prime — huumm, it isn't: it is divisible by five. Anyway, it doesn't matter, it is not the mathematical properties of this number that we are interested in. This natural number, like most of its kind, was just used for couting.

24 865 is the number of civilians, mostly Iraqis, that were reported killed in Iraq between 20 March 2003 and 19 March 2005.
Want another natural number? Well here it goes: 9 270. This is the number of victims killed by the allied forces (of whom 86 by the British forces).

They are so nice these natural numbers. They allow us to count so many things. Here I've just showed one application of natural numbers: counting dead people.

terça-feira, julho 19, 2005

Já é oficial

PSP nega arrastão na praia de Carcavelos.

sábado, julho 16, 2005

Tchau, até quarta

Pessoal, vamos prá Escócia. Só voltamos na quarta-feira. Fiquem bem. Divirtam-se — mas com juizinho.

quinta-feira, julho 14, 2005

Vai um sambinha?

Deixo aqui a tocar no blogue um samba para alegrar as hostes. Beth Carvalho, Chico Buarque, Caetano Veloso e Grupo Fundo do Quintal em Não quero saber mais dela — uma maravilha.

Enfim absolvidas

Tribunal de Setúbal absolve as duas mulheres de crimes de aborto.

quarta-feira, julho 13, 2005

An attack on our way of life?

Monday, at the house of commons, Tony Blair, when asked if there was any link between the london attacks and the war of Iraq, replied by saying that there was no connection "this was an attack on our way of life."

I disagree with Mr Blair, my reasoning goes like this.
  1. There seems to be a connection between the terrorist attacks in London and the war of Iraq. The US and UK governments may deny it, but there are too many coincidences. Why have Spain and the UK been attacked? Why have people stopped talking about terrorist attacks in Spain, after Zapatero withdrew his country's trops from Iraq? Why is, today, Italy under threat of a terrorist attack from Al'Qaeda?
  2. The war of Iraq is illegal. There is no UN security council resolution legitimating it. This is a cause of anger everywhere in the world. Muslim countries, however, feel more threatned than any others. The idea that powers from the west can come along and invade these countries only because they feel like it, let's face it, is not very appealing. One may ask "what is the difference between an invasion with a UN security council, and one without?"Well, in my opinion there is a big bifference. Let's see which of the two makes you more angy. Having your house invaded, for investigation purposes, from a commision of neighbours who suspect of you, or by proper authorities with an order from a court of law?
  3. Terrorist attacks constitute an attack to our way of life only when governments use it as an excuse to make police states. The real attack on our way of life is the introduction of legislation that restricts our freedom and our civil liberties.

sábado, julho 09, 2005

London, London

Toca agora aqui no blogue o London, London do Caetano Veloso. Esta versão é cantada em dueto com o Paulo Ricardo. Convém dar o crédito ao blogue A Praia que menciona este tema do Caetano a propósito dos atentados de quinta feira. Eu como tinha um CD com o tema, foi só ripar e por no blogue. Dado os acontecimentos desta semana e o tom melancólico da música, acho bastante apropriado. (A propósito, o A praia vai dedicar praí uma semana ao Vinicius de Moraes — a não perder.)

Então vá, fiquem na companhia do Caetano — vá lá carreguem no play, deixem-se de merdas, vão ver que vão gostar.

sexta-feira, julho 08, 2005

Já me lixaram! Não posso comungar

Num comunicado oficial, o vaticano declara que corrupção ou aborto não dão direito a comunhão.

Os católicos que "apoiam publicamente escolhas imorais como o aborto" estão em estado de pecado mortal e não devem aceder à comunhão na missa, diz um texto publicado pelo Vaticano.


Sou a favor do aborto legal em Portugal. Não sou católico. Mas, segundo as estatísticas oficiais do vaticano, sou. Faço parte dos não sei quantos milhões de católicos que o vaticano diz que há no mundo. Bem, que confusão. E por mais que diga que não, vem o Vaticano e diz que sim. Eu próprio, às vezes, fico confuso. Tudo isto por causa da minha mãezinha. Baptizou-me sem me perguntar nada, e pôs-me a tirar a primeira comunhão sem que eu tivesse consciência do que estava a fazer. Deixou-me neste estado de indecisão crónica. E agora, depois de tanta seca, já não posso comer aquelas bolachinhas na missa — estou desolado.

Imagino como não estarão o Valentim Loureiro, a Fátima Felgueiras, o Isaltino de Morais, e tantos outros autarcas do nosso país — devem estar inconsoláveis.

The London Attacks

Today there were terrorist attacks on London. We, here in York, saw the passing of events at a distance on the internet and TV. Everyone is praising the emergency effort put in place after the attacks. The toll is now on 38 dead, and about 700 wounded.

The question is now what the government will do. Will this attack be used as an excuse to take civil liberties away from us and to build a police state? We must not compromise our way of life. To do so would be a victory for terrorism.

Chiara and Nuno.

terça-feira, julho 05, 2005

Arrastão: embuste ou realidade?

Lembram-se da história do arrastão? Esta história chegou a ser notícia na BBC. Bom, parece que, afinal, a história do arrastão foi muito mal contada. Vejam o excelente vídeo da jornalista Diana Andringa. Há também o post de Miguel Vale de Almeida no seu blogue.

Easyjet poderá começar a voar para Lisboa a partir de Outubro

Segundo o público, a Easyjet deverá começar a voar para Lisboa a partir de Outubro. A Easyjet ainda não confirmou oficialmente esta notícia. Vamos ver se de facto será assim. Se passarem a voar para Lisboa, será óptimo. Adeus TAP. Adeus Portugália. Olá Lisboa, mais vezes. O sítio web da Easyjet é muito melhor que o da TAP (também não é difícil), portanto posso comprar on-line à vontade, e espera-se que os bilhetes venham ser mais baratos.

O leitor mais patriótico poderá ficar escandalizado com esta minha atitute. Pergunta-se "então e o interesse nacional? Afinal, a TAP é a companhia aérea nacional." Meu caro leitor patriótico, eu estou-me a cagar para a TAP. Nem a minha mãe, nem o meu pai, nem o meu irmão trabalham na TAP. Aliás ninguém da minha familia trabalha na TAP. "Companhia nacional?" Meu caro amigo, já chega eu sofrer (que nem um parvinho) pela selecção nacional. Já chega ter que carregar o pesado fardo de ser português.Não venha o meu amigo, agora, pedir-me para eu também sofrer pela TAP? Era só o que faltava.

Lost in translation

A frase de Chirac sobre a comida inglesa:
One cannot trust people whose cuisine is so bad

Foi traduzida para o português num artigo do público de hoje (também no última hora) assim:

não podemos confiar em pessoas que cozinham tão mal

O que não é exactamente a mesma coisa. Na minha opinião a tradução mais correcta seria, "não se pode confiar em pessoas que têm uma culinária tão má". Este pode até parecer um pormenor pedântico, mas as boas traduções são importantes. Como leitor do público gostaria de saber, exactamente, o que o Chirac disse. Se numa frase tão simples, o significado original foi alterado na tradução, imaginem coisas um pouco mais complicadas — huumm.

segunda-feira, julho 04, 2005

O país de lá e o país de cá

Muito bom o artigo de Ana Sá Lopes no público de ontem. A propósito da aprovação no parlamento espanhol, no passado dia 30 de Junho, de casamentos homosexuais, ASL coloca a seguinte questão: o que é que o lado de lá (espanhol) tem que o de cá (português) não tem? Vale a pena ler a opinião de ASL sobre esta questão.

ASL discute também o referendo do aborto que nunca mais se agenda. Já passaram sete anos desde o último referendo. E nós que fazemos? Discutimos qual será a altura mais indicada para colocar tão complicada questão? Esta não será a altura mais indicada porque é verão, não é. Em simultâneo com as eleições autárquicas, em Outubro, também não será a altura mais indicada, pois a discussão do aborto poderá confudir-se com a das autárquicas – o que poderá por em causa os mais elementares princípios democráticos, fomentando a promiscuídade da discussão política; uma coisa de cada vez, por favor, porque senão o povão não compreende. Não se realizando durante este ano, por impositivo legal, vamos ter que esperar que outro presidente da república seja eleito, para que enfim, sua excelência, o novo PR, decida quando será a altura mais indicada para chamar o referendo. Entretanto o tempo passa. E como diz a Ana, a classe média se precisar dá um salto a Espanha. A classe mais baixa é que se lixa. Mas também quem é que se preocupa com a classe mais baixa?

sábado, julho 02, 2005

The Fence

Yesterday we went to the theatre. I've been to the theatre here in England on some occasions; most of them, I leave the theatre a bit disappointed. This time, though, the play was excellent. The Fence, was written and directed by Howard Barker, one of the most acclaimed contemporary theatre playwrights here in Britain, and produced by the company dedicated to Barker's works, The Wrestling School.

Again, the play was great. We both liked it. I leave you here some provocations for the play made by the auhor.

The fence invites its own violation.
Is this to deny the value of the fence?

The persistent transgressor — and transgression is a passion in itself — is doomed to exhaustion, for every barrier he violates only reveals another, higher, deeper, yet more cruel. What represented itself as freedom becomes humiliating servitude...

We like to imagine a world without frontiers. This flatters our humanity. It is a vanity of the western mind. But the barrier merely moves. We dismantle one only to erect another. We identify another alien inside the fence. It is possible we are human because of the frontier. Does it not define us?

sexta-feira, julho 01, 2005

E toca o Barnabé

Em homenagem ao blogue Barnabé, que acaba no domingo, toca agora aqui no BNC a canção "Barnabé" do Sérgio Godinho, cantada num dueto com o Vitorino (álbum Irmão do meio, 2003).

Agora com o novo look, o gira-discos do BNC está aqui do lado direito. Carreguem no play, se tiverem o plug-in; senão carreguem no link.

Dá-lhe, Odete, Dá-lhe

Prossegue o julgamento do Aborto no tribunal de Setúbal. Odete Santos, a conhecida deputada e militante do PCP e uma das advogadas de defesa neste processo, declarou sobre a mais recente audição do julgamento:
"A defesa está satisfeita porque a acusação não fez prova alguma dos crimes de que as duas arguidas vêm acusadas", disse a advogada e deputada comunista Odete Santos, convicta de que a sua constituinte será absolvida pelo tribunal. "Só lamento que factos que a comunidade já não considera crimes venham para tribunal. Há coisas muito mais importantes para julgar e não há cadeias para meter tantas mulheres que cometem abortos", afirmou.
Dá-lhe, Odete, dá-lhes com força! Se forem homens, dá-lhes pontapés nos colhões — já não há paciência para esta merda.

Os ventos não sei, mas os casamentos estão cada vez melhores

A espanha aprovou um pacote legislativo que visa dar mais direitos aos casais homosexuais. Isto inclui o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Espanha é o primeiro país do mundo com real igualdade legal entre heterosexuais e homosexuais.

Fica aqui uma citação do discurso memorável de Zapatero no parlamento espanhol.

No estamos legislando, Señorías, para gentes remotas y extrañas. Estamos ampliando las oportunidades de felicidad para nuestros vecinos, para nuestros compañeros de trabajo, para nuestros amigos y para nuestros familiares, y a la vez estamos construyendo un país más decente, porque una sociedad decente es aquella que no humilla a sus miembros.
(Discurso completo aqui, obtido daqui).

Grande, grande, Zapatero! — É assim mesmo.

De cara lavada

Decidimos dar um novo look ao blogue. Templatezinha nova, que a outra era um bocado feiosa e já tinha teias de areia. Enfim, tudo para melhorar a estética da coisa. Isto claro para tornar mais agradável as vistitas daqueles que por aqui passam. Já agora, obrigado por aparecerem de vez em quando, e por favor dêem sinal de vida — ó pá, digam qualquer coisinha.