quinta-feira, dezembro 22, 2005

Ai sim? Mas, quando?



A construção do metro ligeiro nos concelhos de Almada e Seixal é já uma novela. O consórcio responsável, a metro sul do tejo, previa dar início à exploração comercial no passado dia 11, mas no momento as obras estão practicamente paradas, segundo o DN há já quatro meses. O site oficial da metro sul do Tejo nada diz sobre isto. Não é de espantar este tipo de sites só dão as boas notícias, a última dá conta de testes efectuados a um dos futuros comboios; sobre a paragem das obras há já quatro meses e de mais um adiamento na inauguração: nada, aliás fica-se com a ideia que tudo prossegue normalmente.

Para encontrar notícias ruins, ou melhor a realidade, temos que procurar na imprensa. Mas a imprensa anda desatenta. Depois de uma googladela, a única coisa que encontrei foi aquele artigo do DN. Pois, não é em Lisboa. Até é na área metropolitana de Lisboa, mas não é bem a mesma coisa... Se fosse em Lisboa já se saberia tudo; basta que uma das linhas do metro de Lisboa parem nem que seja cinco minutos para fazer notícia no Público no dia seguinte.

Caros jornalistas, destas vez nem sequer é o interior profundo de Portugal. É, simplesmente, na margem oposta do rio. E se apanhasem um barco ou comboio e tentassem perceber o que se está a passar. Eu sei que não é verão e que não é a altura de fugir de Lisboa, mas este é um projecto importante: para a qualidade de vida das pessoas, para o ambiente, para Portugal. O que é que se passa? Porque está a demorar tanto tempo? Como se pode desbloquear problema para que se retomem as obras, e que se faça aquele pouco que falta para o metro sul do tejo operar?

"Almada a um metro do Futuro" — yeah, right.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Show Mário

Antes que fique contaminado com as opiniões sobre o debate Soares vs Cavaco que irão surgir na imprensa, o melhor é deixar aqui as minhas impressões.

Gostei muito do debate e da prestação de Mário Soares. O debate era obviamente apetecível: frente a frente estariam duas figuras marcantes da história mais recente de Portugal. E, quanto a mim, não defraudou as expectativas: foi de facto interessante. Mário Soares percebeu muito bem aquilo que tinha a fazer. Bebeu o elíxir da eterna juventude e partiu para o confronto: vamos lá a acabar com este mito chamado Cavaco, e, já agora, vamos também acabar com esta coisa muito portuguesa da aversão ao confronto — debate político sem confrontação?

Mário Soares esteve muito bem na desmistificação dos 10 anos de governação cavaquista. Afinal, Cavaco sempre governou em condições económicas favoráveis, e nunca fez, como lhe é criticado, nenhuma das reforma substanciais que hoje são consideradas essenciais; teve as condições ideais para o fazer, mas não o fez. A colagem do problema do deficit das contas públicas ao governo de Guterres é falaciosa, afinal o deficit comçou com os governos de Cavaco, quando, afinal, existiam condições favoráveis para o manter sobre controlo. No fundo, ao governo de Cavaco sempre faltou uma ideia de pais, a governação até poderá ter sido rigorosa, porventura mais rigorosas que as anteriores, mas a estratégia, essa, sempre faltou. Cavaco sobre isto disse muito pouco.

Mas sobretudo gostei do estilo de Soares. Partindo para o confronto sem ser demasiado agressivo, mantendo o charme, Mário Soares fazia o que tem que ser feito, confrontando o sonso Cavaco em matérias sensíveis. Deixa aqui o exemplo para outro políticos mais jovens — simplesmente notável. O mais provavél é não ganhar as eleições e nem sequer ir à segunda volta, mas Mário Soares, com os seus 80 anos, contribui para um debate presidencial mais interessante e animado.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

É impressão minha ou...

... Jerónimo de Sousa, lider do PCP e candidato a presidente da República, não dá meia para a caixa? Fiquei com esta impressão após o debate entre ele e Manuel Alegre na TVI. Alegre ainda diz umas coisas, mas o Jerónimo é um desespero. Estarei amanhã colado ao ecrã para ver o debate que tanto se espera: Cavaco vs Soares.

domingo, dezembro 18, 2005

É bom voltar a casa




domingo, dezembro 11, 2005

A escrita

Gostei da crónica da passada sexta-feira do Vasco Pulido Valente no Público. A crónica é sobre a língua portuguesa e o uso que os Portugueses fazem dela, como diz VPV "chegámos, como povo falante, muito próximo do grunhido". VPV diz ainda:

O pessoal superior do Ministério da Educação e a sra. ministra, que seriam incapazes de contar, como constantemente o provam, a história do Capuchinho Vermelho em 70 palavras, não vêem a menor vantagem na capacidade de escrever com lucidez, precisão e brevidade.

É precisamente esta incapacidade de escrever com "lucidez, precisão e brevidade" que por um lado choca e por outro aborrece. Basta folhear os jornais portugueses para nos apercebermos disto. Eu confesso que paro a meio da maior parte dos artigos que leio; não suporto tanta verbosidade, tantos rodriguinhos e pedantismos, tanta falta de objectividade. Afinal quem lê um jornal não tem tempo para aturar estas merdas: o leitor está no metro, autocarro, comboio, escritório via Internet, ou café e tem pouco mais de meia hora para saber o que se está a passar. Por respeito ao tempo do leitor a escrita deveria ser breve e precisa. E por isso digo: "lucidez, precisão e brevidade" também para a escrita jornalística, pois é este tipo de prosa que a maioria dos portugueses lêem, e, consciente ou inconscientemente, é esta prosa que serve de modelo a outras coisas que os portugueses escrevem.

domingo, dezembro 04, 2005

Ananás, Abacaxi?

Ontem à noite, num Pub aqui em York, discutiu-se se as palavras ananás e abacaxi designam ou não a mesma coisa. Antes de passar algum tempo no Brasil, pensava que ananás e abacaxi designavam frutos diferentes, e que abacaxi era mais um fruto brasileiro, entre tantos outros, que não existe em Portugal. Mas, depois da minha estadia no Brasil, saí de lá convencido que ambos os vocábulos designam o mesmo fruto: só que brasileiros usam abacaxi e portugueses ananás. Pelos vistos, não sou a único a ficar confuso com isto; decidi fazer uma pequena pesquisa.

O mais interessante é que não é só a fruta que é originária do Brasil: ambos os vocábulos são oriundos de línguas indígenas brasileiras. Abacaxi é oriundo do tupi, ibacati, e ananás do guarani, naná. Agora a razão pela qual na Europa (Espanha, Portugal, Itália, etc) se usa o termo oriundo do guarani em vez daquele que é oriundo do tupi, é outra questão que fica no ar. Mas uma coisa é certa: abacaxi e ananás designam o mesmo fruto. Está tudo explicadinho aqui no Wikipedia.

A inovação e a arte

Ontem, um artigo de opinião do DN, da autoria de Maria Santos, dizia a propósito do novo plano tecnológico do governo:

Mas é precisamente porque esse Plano Estratégico estabelece, como uma das suas premissas fundamentais, a necessidade de estimular a capacidade de inovação e o empreendedorismo que não devemos esquecer, como uma exigência indeclinável, o contributo das artes ou de uma pedagogia da criatividade se quisermos "aumentar os níveis de qualificação" ou proceder ao "lançamento de um ensino básico de qualidade"!


Totalmente de acordo com esta ideia que as artes estimulam e inspiram a criativade.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

It's good to be back in the continent (II)

More photos of Eindhoven.

A bulding of the Technical Universit of Eindhoven.


A street in the Eindhoven city centre.


The Van Abbe Museum.


Work of art of the Van Abbe museum.



quinta-feira, dezembro 01, 2005

It's good to be back in the continent

Eindhoven, Holland. We speak in a language that is alien to both me and them, and yet we seem to communicate so well. Surely, I can communicate better here than in the country where the language comes from.

Eindhoven is a living display of modern design. The works of art scattered around the city's streets, galleries and museums. The modern architecture. And even the way way people dress. Here I leave some photos of the city: its buildings, streets and people, snapshots of Eindhoven's life. (Click to enlarge.)


The piazza center.

Another view of the piazza center.

Eindhoven train station.


Work of art in the Van Abbe museum.