domingo, maio 13, 2007

Trip to Amsterdam

N&C spent the May bank holiday weekend in the beautiful city of Amsterdam. Here are some photos.

The Amstel River.






quarta-feira, abril 18, 2007

Finalmente a banda larga

Em geral, pode-se dizer que a concorrencia entre empresas benefecia o consumidor. Um bom exemplo disso é a concorrencia nas telecomunicações da rede móvel em Portugal que deram ao consumidor mais qualidade nos serviços e melhores preços. Em claro contraste com as telecomunicações da rede fixa, sempre dominadas pela PT, em que Portugal tem os preços mais caros da Europa. Só muito recentemente a PT começou a fazer qualquer coisa porque os operadores da rede móvel começaram, eles próprios, a fazer concorrencia à rede fixa. Digamos que, em certa medida, este é um exemplo dos benefícios da liberalização dos mercados.

Mas a coisas nem sempre são assim. Por vezes, a competição pode ser tão intensa e de "sucesso a qualquer custo" que o consumidor acaba por não sair beneficiado. Um pouco como um espectador de um jogo de futebol que espera ver um jogo bonito e bem disputado, mas acaba por assistir a pacandaria e artimanhas que nada têm ver com o futebol em si (há quem goste). Isto a propósito da meu pedido para a instalação de Broadband que só agora, 3 meses depois de efectuado, me foi finalmente concedido.

A história é assim. No princípio de Janeiro de 2007, efectuei o pedido à operadora que tem o melhor preço do mercado aqui no Reino Unido, a Talk Talk que oferece telefone de linha fixa e banda larga por cerca de £20 por mês. Data prevista de instalação: 9 de Fevereiro de 2007. O operador com o melhor preço no mercado é também o operador com mais procura, ao ponto de os serviços deste operador estarem já bem para lá da capacidade da empresa e como é natural nestes situações: os prazos não se cumprem. E assim foi, chegou a data prevista e nada. Telefonei a saber porquê: disseram que o meu antigo operador, a BT (British Telecom), lhes estava a causar algumas dificuldades na transferência e que era preciso mais um mês. Eu não poderia esperar tanto e pedi para cancelar o pedido e, imediatemente, solicitei a instalação de banda larga junto de um novo operador. Iria demorar uma semana. Bom para resumir e concluir, não demorou obviamente uma semana porque a Talk Talk não levou a cabo o meu pedido de cancelamento. Quando me apercebi disso deixei-me estar, pensei: eu quero a Banda Larga o mais rápido possível quem instalar primeiro ganha. A Talk Talk transferiu a linha de telefone da BT, mas não instalou a Broadband. A outra operadora, a Tiscali, então instalou a Broadband sobre a linha da Talk Talk. Já solicitei para passar tudo para a Tiscali.

Bom, isto tudo para dizer que nesta coisa da liberalização dos mercado um pouco de regulação não faz mal a ninguém e recomenda-se. Na ausencia dessa regulação o consumidor está quase tão mal ou pior como num sistema de empresa com monopólio controlada por um estado altruísta. E voltando à metáfora do futebol: muitas vezes um bom jogo de futebol depende da competência do árbitro e da forma como ele faz respeitar as regras do jogo.

domingo, abril 08, 2007

Almoço de páscoa à Italiana


Antipasto al Farro ai Carciofi, salame di Cinghiale e piadina di Farro.


Cappricio di Primavera Al Forno.


Pappardelle ai Piselli.


Costine di Agnello Fritte.



Lombatini di Maiale con Asparagi.


Zuppa Inglese.


Sabadoni inzuppati nella Saba.

Isto tudo no Agro-turismo da La Sabbiona.

domingo, dezembro 03, 2006

Algumas fotos do Canadá

Altura de pôr a escrita em dia. No passado mês de Agosto estive no Canadá, na provincia de Ontário. Visitei as cataratas do Niagara e as cidades de Hamilton e Toronto. Ficam aqui algumas fotos.



Cataratas do Niagara.


Cataratas do Niagara.


Rua de Toronto.


Edifício de Toronto.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Valeu a pena?

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa, Mar Português, In Mensagem, 1934

domingo, novembro 05, 2006

Ping

Este blogue ainda não morreu. Nós é que não temos tido nem tempo nem inspiração para escrever. Manter um blogue é, por vezes, desgastante; às vezes não apetece mesmo escrever. E em vez de manter uma janela aberta para o mundo, preferimos, simplesmente, fecha-la. Mas agora que se aproxima o inverno, que sabe bem ficar em casa, sabe bem, também, voltar a blogar.

Tanta coisa. York ficou para trás. Continuamos a viver no Reino Unido. A Chiara vive agora em Manchester. Eu vivo em Bath no Sudoeste de Inglaterra. Depois enviamos fotografias. Para já fica mais uma fotografia da cidade que deixámos para trás.


segunda-feira, junho 26, 2006

Grande!

Ontem, grande vitória de Portugal frente à Holanda. Portugal está nos quartos de final do campeonato do mundo. Um jogo destes merecia um árbitro melhorzinho. Mas enfim. É pena jogar contra os ingleses sem o Deco, e, possivelmente, sem o Cristiano Ronaldo. Ficam a descansar para o jogo das meias-finais.



Não há nada como um bom sumo de laranja para refrescar!

quinta-feira, junho 22, 2006

Esplendorar é preciso

Ora aí está: Portugal está no clube dos nove pontecos. Atenção! O clube dos nove pontecos não é para todos. Até agora só Portugal e a Alemanha lá chegaram. De fora ficaram Inglaterra, Argentina e Holanda. Este é, sem dúvida, um feito que levanta o esplendor do nosso Portugal. A defesa da nossa selecção é que preocupa. Mas, enfim, o tempo é de festa! E com a confiança que o clube dos nove pontecos nos dá, vamos lá esplendorar outra vez— que venha a Holanda e força Portugal.

sexta-feira, junho 16, 2006

So far...

Em tempo de Mundial de futebol, a minha vida é deliciosamente rotineira: do inevitável trabalho diário para as emoções que emergem do pequeno ecrã. O futebol, já se sabe, é um fenómeno global, e num mundial não interessa apenas o jogo em si, mas também tudo aquilo que o rodeia. Bom exemplo disso, é o nosso Portugal-Angola.

Até agora, duas selecções estiveram em grande nível: a Argentina que venceu a excelente Costa do Marfim, e a Itália que venceu o não menos valente Gana. Demonstraram uma grande consistência defensiva e jogadores capazes de decidir uma partida. Mas, acima de tudo, demonstraram um colectivo, uma equipa propriamente dita. Ao contrário do Brasil, que demonstrou no primeiro jogo ser apenas um grupo de individuos muito dotados, mas muito pouco equipa. Mas a fortuna do Brasil é que tem do seu lado os mais dotados. E foi através de um destes, Káká, que o Brasil decidiu a seu primeira partida deste mundial. A Inglaterra continua sem convencer, e o ingleses, quase histéricos, esperam e desesperam por Wayne Rooney que no último jogo lá deu um arzinho da sua graça.

Portugal demonstrou, muito esporadicamente, alguns pormenores interessantes. Provou-se apenas um trago do elegante jogo fluído, de passes curtos, dribles e bola no chão que caracteriza a selecção Portuguesa. No resto do Portugal-Angola, os jogadores portugueses não mais se conseguiram libertar, a equipa raramente apereceu — peso histórico, mérito de Angola ou nervosismo e ansiedade da estreia?

Sobre o mundial futebol vão se escrevendo bonitas crónicas, como estas duas do Miguel Esteves Cardoso, aqui e aqui, e esta da Ana Sá Lopes.

quarta-feira, maio 31, 2006

Faz o que eu digo, não faças o que eu faço

O presidente da comissão europeia (CE), Durão Barroso, é acusado de hipocrisia por um grupo de ambientalistas europeus. Isto a propósito de uma campanha, lançada pela CE, para consciencializar o público para o problema do aquecimento global e que tem o mote: "You control the climate change, turn down, recycle, walk". A CE publicou também algumas dicas para a poupança de energia e redução das emissões de CO2 para a atmosfera. Acontece que os ambientalistas da Friends of the Earth acusam o presidente da comissão, Durão Barroso, de não as cumprir. Durão Barroso é proprietário de um moderno 4x4 Touareg que, segundo a friends of the Earth, são carros não só poluem muito como também (e ainda mais grave) mais que duplicam o limite de emissões de CO2 para os carros novos recomendado pela União Europeia. Ou seja, o presidente da comissão não cumpre uma recomendação da organização que dirige. Diz a friends of the Earth: "Barroso is being hypocritical by launching a climate change campaign whilst continuing to drive his big gas-guzzling car, a monster SUV, in the narrow roads of Brussels. As a high-profile politician he should lead by example, making significant changes to his own lifestyle."


E têm ou não têm razão os ambientalistas da friends of the earth? Têm razão, pois claro que têm razão — dêm-lhe com mais força!

segunda-feira, maio 29, 2006

Uma revolução ético-plástica?

O Independent d'hoje destaca a entrada no mercado britânico da primeira garrafa de plástico bio-degradável. Esta é feita de milho, decompõe-se em apenas alguns meses, e pode contribuir para a redução drástica do plástico que se acumula nas lixeiras do Reino Unido.

Refere o Independent que esta é uma vitória do consumo ético. Os plásticos biodegradáveis são explorados comercialmente porque há um mercado para este tipo de produtos, pois, cada vez mais, as pessoas estão conscientes do impacto ambiental do seu consumo. Aliás, outras empresas estão a trabalhar para a introdução de embalagens biodegradáveis.

A mesma fonte refere, também, que dos 15 países pré-alargamento da União Europeia, apenas a Grécia e Portugal depositam mais lixo em lixeiras do que o Reino Unido.

sexta-feira, maio 19, 2006

Navegar é preciso

segunda-feira, maio 15, 2006

What if?

Nuno Carneiro has clarified his position on models and ideologies. He dismissed the unfortunate analogy between models in science and political ideologies and said something clear and reasonable: ideologies do not look at the reality, they impose or prescribe some utopy and many politicians and philosophers put too much ideology in what they do. I have to say that I agree with the latter. Everyone knows the stereotype of the loony politician, more interested in implementing some established dogma rather than trying to assess the real problems and finding the best solutions. Right-wingers like to associate the loony with the left, especially with comunists, but the loony is not exclusive to the left; I especially like the neo-liberals who see in liberisation the holly-grail to the problems of the universe — not fair trade, but free trade and bullshit of the like. But I do not agree with his arguments on ideology.

Our societies may look cruel, unfair, lawless, unethical and yet there has been such a remarkable evolution throughout history. If humanity had sticked to the harsh reality, societies wouldn't have evolved, everything would have remained almost the same. Fortunately, there were people observing and trying to improve things, asking, what if? What if we punish muder severally so that we stop with this carnage? What if we stop with tyrany? What if we could end with poverty? — It was by making this sort of questions, criticising the real, trying to find a better world that people arrived at ideologies. So, ideologies emerged from the real, emerged from an attempt to improve our societies. They are like a solution to a problem in society, an ideal to achieve. To dissociate ideologies, such as communism, from the real is a very blunt view of what such an ideology represents.

Chiara wrote a great comment on Marx's work. Marx and Engels were not loonies, on the contrary, they were very awake and aware. Here in the UK they observed the appalling living conditions of the working class. Is Marx and his ideology the source of all evil? I don't think so. Some people like to associate Marx with dictators such as, Lenin, Stalin, Fidel Castro, Mao Tse Tsung. But I like to associate Marx and communism with so many good things: the revolution of the 25th of April in Portugal (where the communist party played an important role during the years of the dictatorship), the welfare states of Europe, and the dozens of liberation movements that resulted in world that is far from fair, but that is surely fairer then at the time of Marx and Engels.

sexta-feira, maio 12, 2006

Coisas que nos fazem sentir bem

Noodles, Lite Pop



Amparanoia, Buen Rollito



Amparanoia e Manu Chao, Bella Ciao



(from here)

On models

In response to Nuno Carneiro, who was trying to make a connection between models of nature and political ideology, I wrote in his blog the comment that follows. You may join the debate either here or in his blog.

First, you talk about models like the ones used in physics, which indeed try to describe reality or phenomena of reality. Models of physics try to describe nature. The same happens, for example, in Economics, considered a social science, where people try to make models to capture the reality of an economy, from a given point of view, so that they can better understand what is going on, and to make certain predictions. I don't know exactly why, but the models of physics seem to be more accurate thant the ones used in Economics, but the idea is the same: the use of models to describe some reality.

Then you jump to a different thing. Political ideology is like a model of organisation a society, and although there is a connection with models used in science, it is not the same thing. Actually the aims behind the two are different. Models of organisation of a society try to address the problem of what is the best way to organise all those individuals that make a society. Given that we, humans, are social beings what are the best rules of organisation of a group of individuals so that we can all benefit from such organisation. This has to be, somehow, agreed by the individuals that make the society (or a group of them) and then enforced. That model of organisation has to be built by someone, ideally all of us. It is not there, so we can't make a model to capture what is there, but to make a model to rule the way a society is organised.

quinta-feira, maio 11, 2006

Música

Para ouvir boa música não há nada como ir até ao blogue Motel de Moka. Lá podem ouvir, entre outras coisas, alguns temas da banda espanhola Amparanoia, que ganhou prémio BBC para world music em 2005 — good stuff.

quarta-feira, maio 10, 2006

10 anos de atraso

É sempre um problema estimar a duração de um projecto. Surgem sempre pequenas coisas, que não estavam previstas no plano inicial, e que fazem com que o projecto se atrase; é difícil prever tudo. Começa-se com uma estimativa optimista que é, ao mesmo tempo, moralizadora, uma espécie de ilusão salutar, como tantas que vamos descortinando ao longo das nossas vidas. As grandes obras chegam a ter atrasos de um, dois, no máximo três anos. Mas o prolongamento da linha azul do metro de lisboa ao terreiro do paço e a Santa Apolónia vai ter (de acordo com actual estimativa) 10 anos de atraso em relação ao inicialmente previsto. Isto, claro, acompanhado de uma derrapagem financeira que eu não sei quanto é, mas que suspeito que seja mesmo muito. Sinceramente, por muito paciente e compreensivo que eu seja, acho que é um pouco demais. Como diria o Hamlet: "Algo está podre no Reino da Dinamarca."

Convém recordar a história desta obra. No dia 9 de junho de 2000, ocorreu um aluimento de terras que pôs em causa a segurança da infra-estrutura. Esse aluimento teve origem num furo efectuado durante a obra. Depois disso, foi necessário proceder ao reforço do túnel. As conclusões do tribunal de contas em relação a este acidente foram as seguintes (aqui e aqui):
  1. Os trabalhos de perfuração começaram sem a aprovação prévia do dono da obra e da fiscalização, e o facto de não haver nenhum documento onde se definisse a profundidade dos furos ou que referisse os riscos de entrada de água e solo no túnel.
  2. A falta de maturidade e rigor posta na elaboração dos projectos contribuiu para o deslizamento dos prazos e dos encargos com os processos de empreitadas, bem como com a respectiva fiscalização.
  3. Outro dos problemas está no critério de avaliação das propostas da maioria das empreitadas lançadas pelo ML que privilegiam o preço e o prazo de conclusão da obra, em detrimento da mais valia das soluções técnicas.
Como é que se escolhe a proposta mais barata, em detrimento de outras que dariam mais garantias de segurança? Aquele túnel de metropolitano era, do ponto de vista técnico, uma obra muito complicada, pois situava-se numa zona muito sensível da cidade de Lisboa (depois o barato veio a sair muito mais caro). E como é possível fazerem-se furos naquela zona tão sensível sem consultar documentos ou fazer estudos? E os responsáveis por isto tudo onde estão?

quinta-feira, maio 04, 2006

Parma

E assim fechamos a série dedicada às cidades italianas que visitámos durante o período da Páscoa. Já aqui haviamos deixado fotos das cidades italianas Faenza e Florença, agora é a vez da sofisticada Parma. Situada na Região da Emilia-Romagna, Parma é famosa, entre outras coisas, pela sua gastronomia; daqui são oriundos o queijo Parmigiano-Reggiano e o presunto de Parma. Para começar, ficam uma rua de Parma, uma praça, e a montra de uma típica mercearia (clique para aumentar).





Os monumentos emblemáticos de Parma encontram-se na piazza del Duomo. A catedral e o Battistero (ambos do séc. XII) recordam o rico legado românico da cidade. Ficam uma fotografia da Piazza com o Pallazo Vescovado (à direita), e outra da fachada do Battistero (infelizmente, a fachada da Catedral estava em obras):


No interior da catedral, destaco uma obra do pintor Correggio, La Assunzione della Beata Vergine (1534), que decora a cúpula.
O teatro Regio (séc XIX) também merece ficar aqui.
Para terminar, ficam uma panorâmica da ribeira Parma (afluente do Po) e o Palazzo Ducale (iniciado no séc. XVI).


segunda-feira, maio 01, 2006

Caro Felipe Scolari,

Se recusou a selecção inglesa para conquistar o coração dos portugueses, deixe-me que lhe diga: conseguiu! Ganhou o meu respeito e admiração. O melhor é dizer isto num tom bem brasileiro: respeito você, admiro você, sou seu fã. E não era assim, senhor Scolari, olhe que não era assim.

Na passada quinta-feira, estava um pouco cabisbaixo. Aqueles directos da BBC, num tom triunfante, de Lisboa, com o terreiro do paço ao fundo, soavam a conquista, humilhação, percebe? Não estava triste com possibilidade de o senhor vir a ser o futuro seleccionador inglês, mas com a forma como tudo estava a ser tratado. A coisa soava a falta de respeito, não pudia deixar de me perguntar, "então e a nossa selecção?", e temia o efeito que a sua contractação teria na moral da equipa. Mas, como "quem ri por último ri melhor", na sexta-feira fui eu que não me continha com tanto riso. Graças a si, senhor Scolari, graças a si.

Como disse, não era um seu admirador. Desagradaram-me aquelas suas demonstrações de fé foleiras durante o Europeu. Pensei que deveria guardar aquele tipo de coisas para si e não envolver os jogadores da selecção. Mas, como diz o velho ditado, "águas passadas não movem moinhos." Obrigado, senhor Scolari, e força Portugal.