Sem cravo na lapela
Cavaco Silva é o primeiro presidente da república que participa na comemoração oficial do 25 de Abril, na assembleia da República, sem o tradicional cravo vermelho na lapela.
Provavelmente, Cavaco não o fez porque o cravo vermelho é visto como um simbolo da esquerda. É verdade que uma certa esquerda se apropriou da popularidade do cravo, especialmente durante o PREC. Mas o cravo é apenas o símbolo da revolução que se realizou em Portugal no dia 25 de Abril de 1974 e que marca o fim da ditadura em Portugal. O cravo vermelho marca, sobretudo, a forma como as pessoas acolheram e celebraram aquele momento. Não foram os militares que fizeram o 25 de Abril que planearam usar o cravo como simbolo da revolução ("Pessoal, depois de tomado o terreiro do paço, vamos colocar cravos vermelhos nos canos das espingardas e distribui-los pelo povo.") Também não foi o partido comunista. Não se sabe exactamente como foi. Diz-se que foi uma florista que teve a iniciativa de colocar um cravo vermelho no cano da espingarda de um soldado. Embora não se saiba exactamente como, a verdade é que a coisa surgiu, pegou, e ficou a marcar um momento histórico; ninguém planeou absolutamente nada. O cravo é, portanto, um simbolo apartidário que emergiu de uma euforia colectiva. E não é para menos, ver acontecer uma revolução para acabar com uma ditadura, de quase 50 anos, e da qual já andava toda a gente farta, poria eufórico qualquer um. Foi graças às conquistas do 25 de Abril que Cavaco Silva veio a ser eleito primeiro-ministro e presidente da república. Acho que não colocar o cravo na lapela, como tradicionalmente se tem feito, é uma falta de consideração por um evento tão relevante na história de Portugal. Uma autêntica grossaria.
Provavelmente, Cavaco não o fez porque o cravo vermelho é visto como um simbolo da esquerda. É verdade que uma certa esquerda se apropriou da popularidade do cravo, especialmente durante o PREC. Mas o cravo é apenas o símbolo da revolução que se realizou em Portugal no dia 25 de Abril de 1974 e que marca o fim da ditadura em Portugal. O cravo vermelho marca, sobretudo, a forma como as pessoas acolheram e celebraram aquele momento. Não foram os militares que fizeram o 25 de Abril que planearam usar o cravo como simbolo da revolução ("Pessoal, depois de tomado o terreiro do paço, vamos colocar cravos vermelhos nos canos das espingardas e distribui-los pelo povo.") Também não foi o partido comunista. Não se sabe exactamente como foi. Diz-se que foi uma florista que teve a iniciativa de colocar um cravo vermelho no cano da espingarda de um soldado. Embora não se saiba exactamente como, a verdade é que a coisa surgiu, pegou, e ficou a marcar um momento histórico; ninguém planeou absolutamente nada. O cravo é, portanto, um simbolo apartidário que emergiu de uma euforia colectiva. E não é para menos, ver acontecer uma revolução para acabar com uma ditadura, de quase 50 anos, e da qual já andava toda a gente farta, poria eufórico qualquer um. Foi graças às conquistas do 25 de Abril que Cavaco Silva veio a ser eleito primeiro-ministro e presidente da república. Acho que não colocar o cravo na lapela, como tradicionalmente se tem feito, é uma falta de consideração por um evento tão relevante na história de Portugal. Uma autêntica grossaria.
2 Comments:
Sem dúvida que marcou a diferença! Penso que se quis distanciar na forma, pois no conteúdo o discurso foi surpreendente.
Goste-se ou não, é o PR que temos.
Achei piada ao uma estação de televisão que apanhou a Maria Barroso a dormir na AR! Afinal, mesmo de cravo ao peito, um desrespeito, não?
Quanto a Lolo Ferrari, acrescentei mais informações num comentário que fiz.
Bjs e bom FDS (dos grandes)!
Eva,
A Maria Barroso não é PR. Acho que não é comparável. Para mais, deve ser uma reacção natural a um discurso que foi muito muito chato.
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